O dinheiro, disfarçado de interesse público, sempre fala mais alto!
Não é incomum em licitações o poder público invocar o famoso interesse público para fazer vista grossa, atropelar vícios no processo, e mesmo diante de provas cabais ignorar os fatos e passar o rolo compressor do interesse político.
Recentemente tivemos mais um capítulo desse livro escabroso chamado gestão pública. Foi no Estado de São Paulo. Na Secretaria de Parcerias em Investimentos sob administração de Rafael Benini.
O segundo colocado em um pleito grande e importante para o Estado, juntou documentos mesmo depois do envelope aberto, fraudou informações internacionais e não efetivou o seguro garantia dentro das exigências do edital da licitação, e mesmo com tais provas cabais passíveis de desclassificação, a comissão sob comando da SPI alegou Interesse Público (leia-se grana $$) para manter a empresa na disputa.
Evidente que recursos administrativos, ações judiciais e mandados de segurança estão sendo providenciados pela empresa concorrente na disputa, mas fica o desconforto para quem cumpre todas as exigências ainda ter que investir tempo, dinheiro e energia com advogados e tribunais para fazer valer a lei.
A reflexão que fica sobre essa medida técnica que coloca o Dinheiro, disfarçado de Interesse Público, acima das próprias normas acatadas em edital é que nem tudo que é legal é moral, e a gestão pública conduzida por políticos precisa de mais respeito às regras, menos exceções, e mais moralidade.
20/08/25
Equipe Espia Essa 🔍