A gangorra da Responsabilidade com o Superávit, ou do Populismo com o Déficit
O cenário pós eleições municipais acendeu o sinal amarelo no Governo Lula e na cúpula do PT. As últimas pesquisas para Presidente da República, o sinal vermelho.
Para um governo que não corta despesas, aposta sempre no aumento da arrecadação a qualquer custo, acredita no Estado cada vez mais maior, mais empregador, mais pesado e centralizador, e com o advento da má gestão, da corrupção e de gastar mal, não precisa ser economista especializado em Brasil para saber que o resultado final dessa fórmula seria um déficit gigantesco e crescente.
A equipe econômica de Paulo Guedes entregou para o time Haddad a cifra de R$ 54,1 bilhões de superávit depois de 08 anos seguidos de déficit, e só não zerou o déficit antes, principalmente, por causa das medidas remediadoras em decorrência da Pandemia.
Como previsto, os governantes do Lula 03 dobraram os ministérios e cargos públicos, empregaram todos os companheiros, priorizaram as políticas com viés ideológico ao invés da governança técnica, e conforme esperado, passaram dois anos gastando como se não houvesse amanhã, e o amanhã chegou com a conta de hoje.
As Estatais batem recorde negativos, gastos fora da meta fiscal ultrapassam as centenas de bilhões de reais, setores públicos começam a colapsar por falta de recursos, e as projeções apontam para a dívida pública ultrapassando a casa dos 80% do PIB já em 2025.
Evolução da dívida em relação ao PIB (%):
Bolsonaro/Guedes 2018 até 2022 = 75,3% → 71,7%
Lula/Haddad 2023 até maio de 25 = 71,7% → 76,1%
Previsão para o final de 2026 = 81,8%
Bolsonaro/Guedes —> Lula/Haddad = 71,7% —> 81,8%
Em resumo: Bolsonaro e Guedes enfrentaram uma pandemia e reduziram a dívida em 3,6 p.p.
Lula e Haddad batem recordes de arrecadação, mas devem aumentar a dívida em 10,1 p.p. do PIB.
Diante dos fatos e dos números, alguém com primário em matemática consegue acreditar que Lula 03 vai deixar as contas no azul para o próximo governo?
Não 01: Porque a cultura econômica do PT, e dos seus aliados e simpatizantes, nunca é a de fechar a torneira, e sim abrir ainda mais para jorrar dinheiro no mercado e tentar impactar a economia em favor dos seus projetos. No mundo, gastar mais do que se arrecada nunca deu certo em médio e longo prazo, e os números já estão aí provando e apavorando.
Não 02: Porque diante das últimas eleições municipais e dos índices de rejeição, Lula 03 vai gastar mais ainda para comprar, custe o que custar para a máquina pública, a melhoria de sua aprovação por meio de políticas populistas.
Não 03: Certos da derrota na próxima eleição, jamais repetirão o mesmo gesto econômico do governo anterior. E mesmo que tivessem a nobre intenção, está nítido que não possuem capacidade técnica, lucidez administrativa e vontade política para tal.
A julgar pelos feitos sob a ótica econômica, o Brasil quebra em um possível Lula 04.
A gangorra é precisa como uma balança de dieta… Quanto mais responsabilidade pesa de um lado, mais o superávit cresce e fica alto do outro, assim como quanto mais a irresponsabilidade brinca de engordar o Estado, mais o déficit voa pelas alturas.